O cenário é caótico de tão ordenado, cabe tudo num aperto ausente das coisas que não couberam e são só coisas que interessam, as que ocupam espaço a mais e trazem espaço a menos, porque há coisas que não ocupam espaço, coisas que deixaram de se ver, coisas que não cabem no meio de tantas coisas que não interessam, coisas que interessavam, antes de as vermos desinteressantes, antes do valor ser de moedas únicas e décimas matemáticas.

O futuro são mais coisas, claro, coisas. Nesta utopia de suspeitas existências, ângulos tangentes com a realidade ausente da memória, uma realidade iminente, imanente que emana, expandidas distopias, aumentadas, sobre os dias e os deveres que se seguem em urgências sucessivas, uma atrás da outra, outra à frente da de trás,  obstipadamente cegas, cegamente certeiras. Eis o novo mundo, magistral, reciclável, unilaterado.