Onde anda o meu relógio?
Sempre às voltas, enjoado.
Passam dias a reboque
sobre o tempo oprimido,
entre as horas e o sentido,
apressado, apressado,
a correr atrás do toque,
a procurar aflito.
Sem ceder ao minuto,
já é tarde, diz um grito.
Se é cedo, cai enxuto,
no encalço do futuro
ele nunca salta o muro.
Tempo passa, tempo curto.
Onde vai o meu relógio?
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