Começa com a ânsia,
discrepância pervertida
Dois dedos de ganância
que encontramos na má vida
Mistura-se a vontade,
sanidade do querer
Roubamos à idade
como quem não vai morrer
é só virar e ver
Lavamos a essência,
demência do valor
Cobramos aos coitados
o preço do amor
Mexemos nos sentidos
oprimidos do relógio
Cobrimos a verdade
com a ponta do epitógio
é só virar e…
Depois vem a razão,
caixão pra todo o ego
Aos cantos da paixão
por fim espeta um prego
Viramos por instantes
habitantes do viver
Servir o mais alheio
a uma razão de ser
e no fim é só virar
virar e comer
a Receita
Letra para tema musical
Alvará